UE reitera vontade de contribuir para solução política para crise líbia
Trípoli, Líbia (PANA) - A União Europeia (UE) está determinada a fazer o possível para contribuir para uma solução política na Líbia, reafirmou o porta-voz do seu alto representante para a Segurança e Política Estrangeira, Peter Stano.
Esta posição foi formulada durante um comentário, segunda-feira, por Stano sobre uma proposta submetida pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, relativa à instalação de um mecanismo de controlo do cessar-fogo na Líbia com a participação internacional.
"As esferas de decisão em Bruxelas (Bélgica, sede da UE) ainda não examinaram a proposta do Secretário-Geral das Nações Unidas, mas nós repetimos várias vezes que estamos prontos para envidarmos esforços a fim de apoiarmos o trabalho das Nações Unidas para consolidarmos o diálogo político na Líbia”, reiterou.
O porta-voz europeu indicou que a União Europeia está a trabalhar no quadro do processo (líbio) de Berlim (Alemanha) e sob a bandeira das Nações Unidas para ajudar a encontrar uma solução para o conflito na Líbia.
A contribuição europeia consubstancia-se nomeadamente na operação marítima IRINI, instalada após a Conferência de Berlim (sobre a Líbia) e trabalha para o acompanhamento da aplicação da resolução das Nações Unidas que proíbe o fornecimento de armas à Líbia.
O SG das Nações Unidas propôs a formação de um comité internacional de observadores para apoiar a trégua na Líbia, na esperança duma retirada iminente de combatentes estrangeiros, a fim de pôr termo a uma guerra de 10 anos no país.
Num carta enviada aos Estados membros do Conselho de Segurança da ONU, Guterres pediu a formação de um grupo de controlo que integre civis e militares reformados de organismos internacionais, como a União Africana (UA), a União Europeia (UE) e a Liga Árabe (LA).
O cessar-fogo assinado a 23 de outubro último em Genebra (Suíça) sob os auspícios das Nações Unidas no quadro da Comissão Militar Conjunta 5+5 tem dificuldade em ser aplicado no terreno, o que o fragiliza e multiplica os riscos do seu fracasso, nomeadamente com o regresso das forças em conflito aos seus quartéis-generais, e a retirada dos combatentes e mercenários estrangeiros.
-0- PANA BY/JSG/FK/DD 05jan2021