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Tchad ratifica tratado de proibição total de ensaios nucleares

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Tchad tornou-se no 159º país a ratificar o Tratado de Proibição Total dos Ensaios Nucleares (CTBT), indica um comunicado da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado segunda-feira em Nova Iorque.

O secretário executivo da Comissão Preparatória da Organização do Tratado de Proibição Total dos Ensaios Nucleares, Tibor Toth, saudou esta ratificação comum como um passo que "consolida o compromisso firme de África de pôr termo aos ensaios nucleares e instaurar um mundo livre das armas nucleares’’.

''O Tchad assinou o CTBT a 8 de outubro de 1996, apenas alguns dias depois da sua abertura para assinatura. Até agora, está assinado por 183 países, isto é 90 porcento dos países do mundo", indicou.

Ele revelou, todavia, que, em África, apenas três países ainda não assinaram o CTBT, designadamente as ilhas Maurícias, a Somália e o Sudão do Sul, enquanto 10 outros ainda não o ratificaram, precisamente Angola, Comores, Congo-Brazzaville, Egito, Guiné Equatorial, Gâmbia, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Swazilândia e Zimbabwe.

''Entre os restantes apenas a ratificação do Egito é obrigatória para a sua entrada em vigor. A ratificação dos outros sete países detentores da tecnologia nuclear fora de África é igualmente necessária, nomeadamente a China, a República Democrática e Popular da Coreia, a Índia, o Irão, Israel, o Paquistão e os Estados Unidos’’, indica o comunicado.

Os Governos africanos já proibiram as armas nucleares no seu seio graças ao Tratado Pelindaba, que estabelece uma zona isenta de armas nucleares no continente.

O CTBT proíbe qualquer ensaio nuclear em todo lugar e por seja quem for e o CTBTO está a elaborar um Sistema Internacional de Vigilância (IMS) para se certificar de que nenhuma explosão nuclear passe despercebida.

Atualmente, mais de 85 porcento desta rede foi criada, incluino 31 instalações em 22 países africanos.

As estatísticas de vigilância do CTBTO poderão igualmente ser utilizadas para a prevenção das catástrofes, tais como a vigilância dos terramotos, o alerta para o tsunami e o controlo da radioatividade resultante de acidentes nucleares e a sua propagação pelo mundo.

-0- PANA AA/SEG/ASA/JSG/CJB/DD 12fev2013