PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Polícia liberta jornalistas detidos na Nigéria
Lagos, Nigéria (PANA) – Três dos quatro responsáveis da redação dum jornal da oposição nigeriano e quatro outros empregados detidos terça-feira foram libertados pela Polícia, enquanto a sua detenção continua a suscitar reações em todo país.
Um dos jornalistas, Yusuf Ali, continua detido pela Polícia e deverá brevemente ser julgado, noticiou esta quinta-feira a imprensa local.
A Polícia efetuou uma incursão nas instalações do diário « The Nation », na capital económica, Lagos, e na capital federal, Abuja, terça-feira para proceder à detenção dos responsáveis da redação e de outros empregados depois de acusar este jornal de publicação do conteúdo duma carta secreta enviada pelo ex-Presidente Olusegun Obasanjo ao atual chefe de Estado, Goodluck Jonathan.
O jornal declarou manter o seu artigo e os seus advogados indicaram que eles demonstrarão em tribunal que esta carta, em que Obasanjo pediu a demissão e a substituição dos diretores de alguns organismos chaves do Estado pela sua ausência de eficácia, era verdadeira.
As associações de defesa da imprensa e de jornalistas, os partidos da oposição e o público em geral condenaram estas detenções, qualificadas de triste lembrança da época das ditaduras militares em que os jornalistas eram perseguidos diariamente pelos serviços de segurança.
« A Polícia da Nigéria demonstrou a sua força para perseguir e deter jornalistas sem defesa. Isto é típico da Polícia, que se considera como pertencente à elite intimidando, brutalizando e matando diariamente os Nigerianos ordinários”, declarou num comunicado o líder do partido da oposição Congresso para Ação da Nigéria (ACN), a quem pertence o jornal.
A União dos Jornalistas da Nigéria (NUJ) afirmou que esta operação visava censurar as vozes discordantes e instou o Governo a evitar qualquer ato suscetível de fazer recuar as suas conquistas em matéria de democracia.
A Associação dos Editores da Nigéria (NGE) criticou a Polícia por fazer diminuir de alguns pontos a nota da Nigéria.
A Associação dos Proprietários de Jornais da Nigéria (NPAN) exprimiu a sua profunda preocupação face à invasão pela Polícia das instalações dum jornal.
« Dizer que este ato da Polícia é um reverso está abaixo da verdade já que ele põe em causa o direito constitucional dos Nigerianos a uma imprensa livre », afirma a NPAN.
« Numa altura em que todos deveriam unir-se para ajudar a Polícia e as outras forças de segurança a fazer face a problemas de segurança sem precedentes, atacar os jornalistas e os órgãos de imprensa em vez dos terroristas é apenas uma manobra de distração », sublinham os proprietários de jornais.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/FK/TON 13out2011
Um dos jornalistas, Yusuf Ali, continua detido pela Polícia e deverá brevemente ser julgado, noticiou esta quinta-feira a imprensa local.
A Polícia efetuou uma incursão nas instalações do diário « The Nation », na capital económica, Lagos, e na capital federal, Abuja, terça-feira para proceder à detenção dos responsáveis da redação e de outros empregados depois de acusar este jornal de publicação do conteúdo duma carta secreta enviada pelo ex-Presidente Olusegun Obasanjo ao atual chefe de Estado, Goodluck Jonathan.
O jornal declarou manter o seu artigo e os seus advogados indicaram que eles demonstrarão em tribunal que esta carta, em que Obasanjo pediu a demissão e a substituição dos diretores de alguns organismos chaves do Estado pela sua ausência de eficácia, era verdadeira.
As associações de defesa da imprensa e de jornalistas, os partidos da oposição e o público em geral condenaram estas detenções, qualificadas de triste lembrança da época das ditaduras militares em que os jornalistas eram perseguidos diariamente pelos serviços de segurança.
« A Polícia da Nigéria demonstrou a sua força para perseguir e deter jornalistas sem defesa. Isto é típico da Polícia, que se considera como pertencente à elite intimidando, brutalizando e matando diariamente os Nigerianos ordinários”, declarou num comunicado o líder do partido da oposição Congresso para Ação da Nigéria (ACN), a quem pertence o jornal.
A União dos Jornalistas da Nigéria (NUJ) afirmou que esta operação visava censurar as vozes discordantes e instou o Governo a evitar qualquer ato suscetível de fazer recuar as suas conquistas em matéria de democracia.
A Associação dos Editores da Nigéria (NGE) criticou a Polícia por fazer diminuir de alguns pontos a nota da Nigéria.
A Associação dos Proprietários de Jornais da Nigéria (NPAN) exprimiu a sua profunda preocupação face à invasão pela Polícia das instalações dum jornal.
« Dizer que este ato da Polícia é um reverso está abaixo da verdade já que ele põe em causa o direito constitucional dos Nigerianos a uma imprensa livre », afirma a NPAN.
« Numa altura em que todos deveriam unir-se para ajudar a Polícia e as outras forças de segurança a fazer face a problemas de segurança sem precedentes, atacar os jornalistas e os órgãos de imprensa em vez dos terroristas é apenas uma manobra de distração », sublinham os proprietários de jornais.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/FK/TON 13out2011