PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Perito prevê mudança de política africana dos Estados Unidos
Lagos- Nigéria (PANA) -- A alguns dias da investidura do novo Presidente americano, Barack Obama, a 20 de Janeiro, um especialista em Relações Internacionais declarou-se confiante numa mudança radical da política estrangeira americana, passando do unilateralismo ao multilateralismo, em matéria de resolução dos problemas internacionais, além de um reforço das relações com África.
"Penso que sob Barack Obama, a política estrangeira americana vai mudar para com a África e o mundo inteiro.
Creio que a política americana vai ser mais flexível passando do unilateralismo, do radicalismo e da beligerância extremos para uma obordagem mais multilateral das questões globais, nomeadamente, as relativas a África", estimou o director de pesquisas do Instituto de Assuntos Internacionais (NIIA) de Lagos, Osita Agbu.
Este docente universitário, que dissertou largamente sobre as questões regionais bem como sobre a paz, a segurança e a estabilidade internacionais, vaticinou que os Estados Unidos, ao trabalharem com a colaboração das instituições multilaterais como as Nações Unidas, a União Europeia e a União Africana, estarão em condições de suscitar o respeito e o apoio da comunidade internacional para a resolução dos problemas internacionais maiores.
No entanto, julgou que os países africanos apenas poderão tirar proveito desta mudança pretendida na política americana se os dirigentes do continente estiverem à altura de exprimir claramente e fusionar os seus interesses no âmbito de uma plataforma comum.
"África pode beneficiar-se disso à condição que esteja à altura de exprimir claramente os problemas que tem e o domínio em que a América pode ajudar-lhe.
Isso poderá começar a nível dos países, a título individual, ou sob a égide de blocos regionais como a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) ou da UA (União Africana)", disse.
Recomendou igualmente aos dirigentes africanos que coloquem os seus povos no centro do desenvolvimento e se esforcem para enfrentar as situações políticas e económicas locais, em particular no actual contexto de crise financeira global.
Agbu criticou os dirigentes africanos pelas suas incoerências e pela falta de vontade política para remediar às intervenções incessantes do Exército.
"Em momento algum devemos permitir ao Exército tomar o poder ou garantir a governação seja qual for a situação.
Isto não augura nada de bom para os países africanos no seu conjunto vista a experiência passada.
Creio que a CEDEAO e a UA devem tomar medidas mais firmes a este propósito.
Penso que o Exército em África deve inspirar-se na evolução da situação global a fim de fazer com que o processo constitucional seja respeitado", disse referindo-se manifestamente aos recentes golpes de estado surgidos na Mauritânia e na Guiné- Conakry.
Para ele, a Nigéria, que assume actualmente a presidência da CEDEAO, deve tomar medidas firmes através de meios multilaterais para obrigar o capitão Camará, chefe da Junta militar na Guiné-Conakry, a restabelecer sem demora a ordem constitucional neste país da África Ocidental.
"Penso que sob Barack Obama, a política estrangeira americana vai mudar para com a África e o mundo inteiro.
Creio que a política americana vai ser mais flexível passando do unilateralismo, do radicalismo e da beligerância extremos para uma obordagem mais multilateral das questões globais, nomeadamente, as relativas a África", estimou o director de pesquisas do Instituto de Assuntos Internacionais (NIIA) de Lagos, Osita Agbu.
Este docente universitário, que dissertou largamente sobre as questões regionais bem como sobre a paz, a segurança e a estabilidade internacionais, vaticinou que os Estados Unidos, ao trabalharem com a colaboração das instituições multilaterais como as Nações Unidas, a União Europeia e a União Africana, estarão em condições de suscitar o respeito e o apoio da comunidade internacional para a resolução dos problemas internacionais maiores.
No entanto, julgou que os países africanos apenas poderão tirar proveito desta mudança pretendida na política americana se os dirigentes do continente estiverem à altura de exprimir claramente e fusionar os seus interesses no âmbito de uma plataforma comum.
"África pode beneficiar-se disso à condição que esteja à altura de exprimir claramente os problemas que tem e o domínio em que a América pode ajudar-lhe.
Isso poderá começar a nível dos países, a título individual, ou sob a égide de blocos regionais como a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) ou da UA (União Africana)", disse.
Recomendou igualmente aos dirigentes africanos que coloquem os seus povos no centro do desenvolvimento e se esforcem para enfrentar as situações políticas e económicas locais, em particular no actual contexto de crise financeira global.
Agbu criticou os dirigentes africanos pelas suas incoerências e pela falta de vontade política para remediar às intervenções incessantes do Exército.
"Em momento algum devemos permitir ao Exército tomar o poder ou garantir a governação seja qual for a situação.
Isto não augura nada de bom para os países africanos no seu conjunto vista a experiência passada.
Creio que a CEDEAO e a UA devem tomar medidas mais firmes a este propósito.
Penso que o Exército em África deve inspirar-se na evolução da situação global a fim de fazer com que o processo constitucional seja respeitado", disse referindo-se manifestamente aos recentes golpes de estado surgidos na Mauritânia e na Guiné- Conakry.
Para ele, a Nigéria, que assume actualmente a presidência da CEDEAO, deve tomar medidas firmes através de meios multilaterais para obrigar o capitão Camará, chefe da Junta militar na Guiné-Conakry, a restabelecer sem demora a ordem constitucional neste país da África Ocidental.