PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU quer processo eleitoral inclusivo no Burundi
Bujumbura- Burundi (PANA) -- O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) apelou a todos os atores políticos burundeses para participarem "plenamente" no processo eleitoral.
O apelo onusino ocorre a menos de uma semana das eleições presidenciais em que a oposição se recusa a tomar parte para protestar contra "fraudes maciças" que teriam marcado as eleições autárquicas de 24 de Maio último.
O Burundi está, desde Maio último, numa maratona eleitoral que deve ainda prosseguir com as eleições presidenciais de 28 de Junho corrente, as legislativas de Julho próximo, e terminar com a escolha dos chefes de colinas (as mais pequenas entidades administrativas no Burundi).
Numa declaração do CS, cuja cópia foi transmitida quinta-feira à PANA pelo Escritório Integrado das Nações Unidas no Burundi (BINUB), os signatários sublinham a importância de se garantir um processo eleitoral "inclusivo, pacífico, livre e equitativo, no espírito da reconciliação consignado na Constituição burundesa e no respeito pelo código eleitoral burundês".
Porém, a oposição e a maioria presidencial continuam a imputar-se mutuamente a responsabilidade pelas violências eleitorais desencadeadas pelos ataques contínuos à granada em quase todo o país que fizeram, até ao momento, mais de 50 feridos.
O país está, por outro lado, sem notícias do líder das Forças Nacionais de Libertação (FNL, ex-movimento rebelde), Agathon Rwasa, nestas últimas 48 horas, o que aumenta o medo na perspetiva das novas consultas eleitorais.
O desaparecimento de Agathon Rwasa favorece rumores sobre o seu eventual regresso ao maquis para pegar em armas e combater o Estado burundês.
Segundo os seus próximos, Rwasa, actual diretor-geral (por reconversão socioprofissional) do Instituto Nacional da Segurança Pública (INSS, encarregue das aposentações dos funcionários do Estado) está "algures em repouso", depois de ter saído segunda-feira do seu domicílio para uma "sessão de orações".
Alguns dias antes, a Polícia irrompeu pelo domicílio do ex-líder rebelde para dispersar um acampamento de militantes e simpatizantes montado espontaneamente para proteger o seu ídolo contra uma eventual detenção.
Durante as eleições autárquicas de Maio último, as FNL ocuparam a segunda posição, mas muito longe atrás do Conselho Nacional para a Defesa da Democracia/Forças de Defesa da Democracia (CNDD-FDD, partido no poder).
A contestação destes resultados e a onda de atentados à grandada atribuídas às FNL resultaram em muitas detenções dos seus militantes para "inquéritos policiais e judiciais sobre a sua presumível implicação nestas violências eleitorais".
O apelo onusino ocorre a menos de uma semana das eleições presidenciais em que a oposição se recusa a tomar parte para protestar contra "fraudes maciças" que teriam marcado as eleições autárquicas de 24 de Maio último.
O Burundi está, desde Maio último, numa maratona eleitoral que deve ainda prosseguir com as eleições presidenciais de 28 de Junho corrente, as legislativas de Julho próximo, e terminar com a escolha dos chefes de colinas (as mais pequenas entidades administrativas no Burundi).
Numa declaração do CS, cuja cópia foi transmitida quinta-feira à PANA pelo Escritório Integrado das Nações Unidas no Burundi (BINUB), os signatários sublinham a importância de se garantir um processo eleitoral "inclusivo, pacífico, livre e equitativo, no espírito da reconciliação consignado na Constituição burundesa e no respeito pelo código eleitoral burundês".
Porém, a oposição e a maioria presidencial continuam a imputar-se mutuamente a responsabilidade pelas violências eleitorais desencadeadas pelos ataques contínuos à granada em quase todo o país que fizeram, até ao momento, mais de 50 feridos.
O país está, por outro lado, sem notícias do líder das Forças Nacionais de Libertação (FNL, ex-movimento rebelde), Agathon Rwasa, nestas últimas 48 horas, o que aumenta o medo na perspetiva das novas consultas eleitorais.
O desaparecimento de Agathon Rwasa favorece rumores sobre o seu eventual regresso ao maquis para pegar em armas e combater o Estado burundês.
Segundo os seus próximos, Rwasa, actual diretor-geral (por reconversão socioprofissional) do Instituto Nacional da Segurança Pública (INSS, encarregue das aposentações dos funcionários do Estado) está "algures em repouso", depois de ter saído segunda-feira do seu domicílio para uma "sessão de orações".
Alguns dias antes, a Polícia irrompeu pelo domicílio do ex-líder rebelde para dispersar um acampamento de militantes e simpatizantes montado espontaneamente para proteger o seu ídolo contra uma eventual detenção.
Durante as eleições autárquicas de Maio último, as FNL ocuparam a segunda posição, mas muito longe atrás do Conselho Nacional para a Defesa da Democracia/Forças de Defesa da Democracia (CNDD-FDD, partido no poder).
A contestação destes resultados e a onda de atentados à grandada atribuídas às FNL resultaram em muitas detenções dos seus militantes para "inquéritos policiais e judiciais sobre a sua presumível implicação nestas violências eleitorais".