PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONG pede abertura de inquérito sobre exações do Exército no norte da Nigéria
Lagos, Nigéria (PANA) – Uma Organização não Governamental (ONG) exortou o Governo nigeriano a investigar sobre as alegações de atos de violência, nomeadamente de violações sexuais de mulheres e de incêndios de casas, feitas contra os soldados desdobrados no Estado de Borno, no norte do país, para conter as atividades da seita islamita Boko Haram.
Num comunicado transmitido à PANA em Lagos, capital económica nigeriana, a ONG Muslim Rights Concern (MURIC) pediu ao Governo para formar um painel com vista a investigar sobre estas alegações.
« Nós afirmamos de forma clara, categórica e inequívoca que a morte de civis inocentes é arbitrária, ilegal e anticonstitucional. Defendemos que a violação sexual das mulheres durante as operações do Exército é um crime contra a humanidade », declara a ONG.
A ONG apela para investigações sobre as operações do Exército na cidade com vista a apurar a amplitude da criminalidade e da culpabilidade ou outras arbitrariedades das agências de segurança durante a sua operação contra a Boko Haram, acrescenta o comunicado.
Além da comparência dos autores dos ataques em tribunal, a MURIC quer que a comunidade internacional, particualarmente as Nações Unidas, convença as autoridades nigerianas a ordenar a retirada das tropas "antes que o país mergulhe no abismo duma catástrofe humanitária".
Desde o desdobramento de soldados em Maiduguri, a capital do Estado, e em cidades vizinhas, informações dão conta de crimes extrajudiciais, detenções arbitrárias e tortura de pessoas inocentes.
Milhares de populares autóctones e estrangeiros estão a fugir da cidade enquanto os Governos de vários Estados evacuam os seus cidadãos.
Preocupado com esta situação, um comité dos anciões do Estado de Borno também instou o Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, a retirar o Exército da zona.
Membros da Assembleia Nacional estadual retomaram este apelo domingo último durante uma conferência de imprensa.
A MURIC juntou-se igualmente ao apelo a favor duma retirada imediata e incondicional do Exército, afirmando que, « ao desdobrar soldados indisciplinados contra civis inocentes numa altura em que se falava da possibilidade dum diálogo, o Governo Federal da Nigéria é também culpado de dupla linguagem, de beligerância e de uso gratuito da força".
A ONG pediu igualmente a indemnização dos cidadãos inocentes cujas casas e veículos automóveis foram destruídos pelos soldados.
A Boko Haram reivindicou uma série de explosões que fizeram cerca de 700 mortos, essencialmente no norte da Nigéria.
-0- PANA SB/SRG/NFB/JSG/FK/IZ 18julho2011
Num comunicado transmitido à PANA em Lagos, capital económica nigeriana, a ONG Muslim Rights Concern (MURIC) pediu ao Governo para formar um painel com vista a investigar sobre estas alegações.
« Nós afirmamos de forma clara, categórica e inequívoca que a morte de civis inocentes é arbitrária, ilegal e anticonstitucional. Defendemos que a violação sexual das mulheres durante as operações do Exército é um crime contra a humanidade », declara a ONG.
A ONG apela para investigações sobre as operações do Exército na cidade com vista a apurar a amplitude da criminalidade e da culpabilidade ou outras arbitrariedades das agências de segurança durante a sua operação contra a Boko Haram, acrescenta o comunicado.
Além da comparência dos autores dos ataques em tribunal, a MURIC quer que a comunidade internacional, particualarmente as Nações Unidas, convença as autoridades nigerianas a ordenar a retirada das tropas "antes que o país mergulhe no abismo duma catástrofe humanitária".
Desde o desdobramento de soldados em Maiduguri, a capital do Estado, e em cidades vizinhas, informações dão conta de crimes extrajudiciais, detenções arbitrárias e tortura de pessoas inocentes.
Milhares de populares autóctones e estrangeiros estão a fugir da cidade enquanto os Governos de vários Estados evacuam os seus cidadãos.
Preocupado com esta situação, um comité dos anciões do Estado de Borno também instou o Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, a retirar o Exército da zona.
Membros da Assembleia Nacional estadual retomaram este apelo domingo último durante uma conferência de imprensa.
A MURIC juntou-se igualmente ao apelo a favor duma retirada imediata e incondicional do Exército, afirmando que, « ao desdobrar soldados indisciplinados contra civis inocentes numa altura em que se falava da possibilidade dum diálogo, o Governo Federal da Nigéria é também culpado de dupla linguagem, de beligerância e de uso gratuito da força".
A ONG pediu igualmente a indemnização dos cidadãos inocentes cujas casas e veículos automóveis foram destruídos pelos soldados.
A Boko Haram reivindicou uma série de explosões que fizeram cerca de 700 mortos, essencialmente no norte da Nigéria.
-0- PANA SB/SRG/NFB/JSG/FK/IZ 18julho2011