Juventude togolesa rejeita resultados eleitorais da CENI
Lomé, Togo (PANA) – O Movimento Patriótico de 5 de Outubro (MO5), uma organização juvenil de ativistas pró-democria, no Togo, acusou a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) de estar a reboque do Governo e denunciou os resultados que dão vitória a Faure Gnassingbé nas eleições presidenciais de 22 de fevereiro último.
Num comunicado transmitido à PANA quinta-feira, em Lomé, o Movimento, que acusa a instância organizadora das eleições de não revelar “a verdade das urnas”, escreve que os Togoleses, na sua aposta patriótica de conter o quarto mandato de Faure Gnassingbé, ”não foram às urnas para acompanhar o regime”.
"Assustada, a CENI, às ordens do regime, apressou-se para divulgar resultados fantasiosos à norte-coreana, como se acostumou há décadas”, denuncia o MO5, uma organização de jovens que desencadearam o combate pela democracia no Togo, nos anos 90.
No comunicado assinado pelo seu coordenador, Eloi Mitronunya Koussawo, o Movimento exorta igualmente as populações togolesas a defender a vitória do candidato Gabriel Messan Agbéyomé Kodjo, que "venceu Faure Gnassingbé por um resultado esmagador segundo as estimativas conhecidas desde a noite do escrutínio".
As presidenciais de 22 de fevereiro dão a Faure Gnassingbé 72,36 por cento dos votos, resultado rejeitado pelos partidos políticos da oposição e pelas organizações da sociedade civil.
A União Africana (UA), a Organização Internacional da Francofonia (OIF) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), exprimem a sua satisfação, mas o Governo americano, através de um comunicado, duvida da “transparência” deste escrutínio.
-0- PANA FAA/BEH/MAR/IZ 28fev2020