PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Jovens da diáspora lamentam condições de regresso a África
Rabat, Marrocos (PANA) – Jovens da Diáspora lamentaram quinta-feira em Rabat a falta de estruturas de acolhimento para os emigrantes africanos que desejem regressar aos seus países de origem.
"Conheço 500 a 600 jovens Malianos altamente qualificados que desejam regressar ao seu país mas não podem fazê-lo por falta de estruturas de acolhimento. Por conseguinte, não têm outra escolha que permanecer na Europa para fazer biscates geralmente incompatíveis com a sua formação", testemunhou à PANA o presidente do Conselho Nacional da Juventude Maliana em França, Youssouf Ario Maïga.
Segundo ele, numerosos jovens Africanos da diáspora estão prontos para regressar a África a fim de colocar as suas competências ao serviço do continente.
"Estão até entusiastas para regressar e servir África. Aliás, apenas esperam por esta oportunidade. Mas do lado dos nossos Estados, não se faz nada para os incentivar. Resultado: muitos jovens Africanos tornam-se eternos estudantes ou sem-papéis. É um desperdício para os nossos Estados", revoltou-se Maïga.
Para um Franco-Tunisino, Wassim Daoud, África deve inspirar-se na Ásia para tirar melhor proveito da sua diáspora e encorajar os seus filhos a regressarem ao continente após a sua formação no estrangeiro.
"Olhem para os Indianos, os Chineses. Eles voltam ao seu país logo depois de terminar os seus estudos. Fazem-no porque os seus países de origem os encorajam. Fazem-no porque o regresso não é um salto para o desconhecido. Nós, Africanos, devemos inspirar-nos nas relações entre os países asiáticos e a sua diáspora", sustentou Daoud que dirige a sociedade Eco-Présence, especializada em questões ambientais.
A diaspora africana é uma das componentes do Fórum de Concertação com a Juventude Africana que se iniciou quarta-feira em Rabat por iniciativa da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e da Organização Islâmica para a Educação, Ciência e Cultura (ISESCO).
Após o primeiro dia consagrado a uma larga troca sobre os desafios atuais da educação em África, os participantes no fórum repartiram-se quinta-feira em três grupos temáticos de trabalho relativos à cultura e ao desenvolvimento, à inserção económica dos jovens, bem como às reformas do sistema educativo.
Eles findarão sexta-feira as suas discussões pela análise dos resultados dos grupos temáticos e pela adoção de uma "Declaração dos jovens Africanos" a ser apresentada à Trienal da ADEA, prevista em fevereiro de 2012 em Ouagadougou, no Burkina Faso.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/CJB/DD 20out2011
"Conheço 500 a 600 jovens Malianos altamente qualificados que desejam regressar ao seu país mas não podem fazê-lo por falta de estruturas de acolhimento. Por conseguinte, não têm outra escolha que permanecer na Europa para fazer biscates geralmente incompatíveis com a sua formação", testemunhou à PANA o presidente do Conselho Nacional da Juventude Maliana em França, Youssouf Ario Maïga.
Segundo ele, numerosos jovens Africanos da diáspora estão prontos para regressar a África a fim de colocar as suas competências ao serviço do continente.
"Estão até entusiastas para regressar e servir África. Aliás, apenas esperam por esta oportunidade. Mas do lado dos nossos Estados, não se faz nada para os incentivar. Resultado: muitos jovens Africanos tornam-se eternos estudantes ou sem-papéis. É um desperdício para os nossos Estados", revoltou-se Maïga.
Para um Franco-Tunisino, Wassim Daoud, África deve inspirar-se na Ásia para tirar melhor proveito da sua diáspora e encorajar os seus filhos a regressarem ao continente após a sua formação no estrangeiro.
"Olhem para os Indianos, os Chineses. Eles voltam ao seu país logo depois de terminar os seus estudos. Fazem-no porque os seus países de origem os encorajam. Fazem-no porque o regresso não é um salto para o desconhecido. Nós, Africanos, devemos inspirar-nos nas relações entre os países asiáticos e a sua diáspora", sustentou Daoud que dirige a sociedade Eco-Présence, especializada em questões ambientais.
A diaspora africana é uma das componentes do Fórum de Concertação com a Juventude Africana que se iniciou quarta-feira em Rabat por iniciativa da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e da Organização Islâmica para a Educação, Ciência e Cultura (ISESCO).
Após o primeiro dia consagrado a uma larga troca sobre os desafios atuais da educação em África, os participantes no fórum repartiram-se quinta-feira em três grupos temáticos de trabalho relativos à cultura e ao desenvolvimento, à inserção económica dos jovens, bem como às reformas do sistema educativo.
Eles findarão sexta-feira as suas discussões pela análise dos resultados dos grupos temáticos e pela adoção de uma "Declaração dos jovens Africanos" a ser apresentada à Trienal da ADEA, prevista em fevereiro de 2012 em Ouagadougou, no Burkina Faso.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/CJB/DD 20out2011