PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Guineenses em Cabo Verde marcham contra golpes de Estado na Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) – A comunidade guineense residente em Cabo Verde realizou, no final da tarde de quarta-feira, na cidade da Praia, uma marcha para exigir a paz e o fim de golpes de Estado no seu país de origem, constatou a PANA na capital cabo-verdiana.
A manifestação terminou junto da sede do Sistema das Nações Unidas (SNU), na cidade da Praia, com a entrega à coordenadora residente da ONU, Petra Lantz, de uma petição para uma intervenção da comunidade internacional na Guiné-Bissau.
Os signatários da petição querem ver criadas as condições para se evitar as intervenções dos militares na vida política do país com graves consequências na estabilidade e no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau.
O porta-voz dos manifestantes, Adónis Ferreira, disse aos jornalistas que a maior motivação da manifestação é protestar contra uma situação antiga e que continua a repetir-se em Bissau, a de "golpes atrás de golpes".
"É uma raiva da comunidade guineense que vive cá, que, dia após dia, trabalha arduamente para mandar um bocadinho de dinheiro para as suas famílias, com a perspetiva de um dia voltar.
"De um momento para o outro, aparecem pessoas com interesses próprios e dão golpes (de Estado). Ficamos sem projeto de vida em Bissau", disse Adónis Ferreira que está há 13 anos em Cabo Verde, onde se refugiou após a guerra civil de 1998/99 na Guiné-Bissau.
O porta-voz dos manifestantes disse ainda que os Guineenses residentes no arquipélago esperam que “a comunidade internacional tome uma posição, de uma vez por todas, para que acabe este vício de golpe (de Estado) dia sim, dia não, em Bissau”.
"Para os Guineenses que estão na diáspora não é fácil levarmos uma vida tranquila com o desejo de um dia voltar para a Guiné para viver e continuar a ver a Guiné parada há 38 anos", afirmou.
Referindo-se ao mais recente levantamento militar, ocorrido a 12 de abril corrente, e que levou ao derrube das autoridades legítimas do país, Adónis Ferreira disse que as razões apontadas pelos golpistas "não são convincentes".
“Que provem isso ao Mundo. Mas, mesmo que seja verdade, há outros meios de resolver as coisas. O principal problema passa pelas Forças Armadas. É fulcral e urgentíssima a reforma", sublinhou.
"Não queremos mais guerra", "Chega de golpes de Estado", "Não abandonem a Guiné-Bissau”, foram algumas das frases inscritas nos cartazes empunhados pelos manifestantes que marcharam de forma pacífica e ordeira desde o local da concentração, na principal avenida da capital cabo-verdiana, até à frente da sede da ONU, no bairro da Achada de Santo António.
Após a receção da carta entregue pelos manifestantes, Petra Lantz garantiu-lhes que a mensagem será reencaminhada para a sede da ONU, em Nova Iorque, e para os escritórios desta organização mundial em Bissau.
"É claro que nós, aqui, também partilhamos este desejo de não à violência e viva a paz", disse Petra Lantz.
-0- PANA CS/IZ 19abril2012
A manifestação terminou junto da sede do Sistema das Nações Unidas (SNU), na cidade da Praia, com a entrega à coordenadora residente da ONU, Petra Lantz, de uma petição para uma intervenção da comunidade internacional na Guiné-Bissau.
Os signatários da petição querem ver criadas as condições para se evitar as intervenções dos militares na vida política do país com graves consequências na estabilidade e no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau.
O porta-voz dos manifestantes, Adónis Ferreira, disse aos jornalistas que a maior motivação da manifestação é protestar contra uma situação antiga e que continua a repetir-se em Bissau, a de "golpes atrás de golpes".
"É uma raiva da comunidade guineense que vive cá, que, dia após dia, trabalha arduamente para mandar um bocadinho de dinheiro para as suas famílias, com a perspetiva de um dia voltar.
"De um momento para o outro, aparecem pessoas com interesses próprios e dão golpes (de Estado). Ficamos sem projeto de vida em Bissau", disse Adónis Ferreira que está há 13 anos em Cabo Verde, onde se refugiou após a guerra civil de 1998/99 na Guiné-Bissau.
O porta-voz dos manifestantes disse ainda que os Guineenses residentes no arquipélago esperam que “a comunidade internacional tome uma posição, de uma vez por todas, para que acabe este vício de golpe (de Estado) dia sim, dia não, em Bissau”.
"Para os Guineenses que estão na diáspora não é fácil levarmos uma vida tranquila com o desejo de um dia voltar para a Guiné para viver e continuar a ver a Guiné parada há 38 anos", afirmou.
Referindo-se ao mais recente levantamento militar, ocorrido a 12 de abril corrente, e que levou ao derrube das autoridades legítimas do país, Adónis Ferreira disse que as razões apontadas pelos golpistas "não são convincentes".
“Que provem isso ao Mundo. Mas, mesmo que seja verdade, há outros meios de resolver as coisas. O principal problema passa pelas Forças Armadas. É fulcral e urgentíssima a reforma", sublinhou.
"Não queremos mais guerra", "Chega de golpes de Estado", "Não abandonem a Guiné-Bissau”, foram algumas das frases inscritas nos cartazes empunhados pelos manifestantes que marcharam de forma pacífica e ordeira desde o local da concentração, na principal avenida da capital cabo-verdiana, até à frente da sede da ONU, no bairro da Achada de Santo António.
Após a receção da carta entregue pelos manifestantes, Petra Lantz garantiu-lhes que a mensagem será reencaminhada para a sede da ONU, em Nova Iorque, e para os escritórios desta organização mundial em Bissau.
"É claro que nós, aqui, também partilhamos este desejo de não à violência e viva a paz", disse Petra Lantz.
-0- PANA CS/IZ 19abril2012