PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Gâmbia reconhece ter recebido armas do Irão para garantir segurança interna
Dakar, Senegal (PANA) – A Gâmbia reconheceu ter recebido armas provenientes do Irão para garantir a sua "segurança interna", indicou o ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros, Madické Niang, durante um briefing com a imprensa, no termo da quarta sessão da Comissão Consultiva sobre o acompanhamento da cooperação entre o Senegal e a Gâmbia, organizada quarta e quinta-feiras em Dakar.
« O meu homólogo disse-me que, para a sua segurança), a Gâmbia instou o Irão, em 2005, a dotar as suas forças de segurança interna de meios que lhes permitam garantir a sua missão. É assim que, mais tarde, foram entregues armas à Gâmbia », explicou Niang.
O Irão confirmou igualmente ter entregue armas à Gâmbia, segundo o chefe da diplomacia senegalesa, que precisou que este problema não será resolvido por si só, nem pelo primeiro-ministro, mas pelo Presidente Abdoulaye Wade.
O Senegal rompeu, desde terça-feira, as suas relações diplomáticas com o Irão, após ter constatado que os rebeldes que reclamam pela independência da Casamança, a sua região sul do Senegal, utilizavam armas iranianas que causaram a morte de vários soldados senegaleses durante estes últimos dias.
Em novembro passado, carregmentos de armas provenientes do Irão e alegadamente destinadas os rebeldes senegaleses do Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC), via Gâmbia, foram apreendidas na Nigéria.
Por seu turno, a Gâmbia rompeu as suas relações diplomáticas com o Irão, imediatamente após da descoberta dessas armas.
Durante a cerimónia de encerramento da reunião da Comissão Consultiva, o primeiro-ministro senegalês, Souleymane Nd’ené Ndiaye, anunciou a criação, pelo Senegal e pela Gâmbia, dum Secretariado permanente destinado a reforçar a cooperação entre os dois países.
Na presença da Vice-Presidente da Gâmbia, Issatu Njie Saidy, Ndiaye indicou que a criação desse Secretariado que será instalado até Abril próximo reflete "a vontade dos chefes de Estado dos dois países de dar um novo impulso às relações privilegiadas mantidas pelo Senegal e pela Gâmbia ».
Ele indicou ainda que manobras militares conjuntas e patrulhas mistas das forças de segurança serão organizadas pelo Senegal e pela Gâmbia na sua fronteira comum, para garantir a estabilidade dos dois países.
« Estas iniciativas virão acrescentar-se às ações comuns que os dois países encaram levar a cabo para combater a criminalidade transfronteirça, o tráfico de droga e o branqueamento de dinheiro », acrescentou o chefe do Governo senegalês, que convidou as administrações aduaneiras a acelerar o procedimento de instalação de postos de controlo justapostos na fronteira entre os dois países.
Segundo a Vice-Presidente da Gâmbia, « seria bom recordar sempre que o Senegal e a Gâmbia têm uma história comum, formam uma mesma família e têm a mesma cultura ».
Apoiando estas declarações, Madické Niang indicou que os dois países decidiram tudo fazer para que deixem de ter problemas em ambas as partes, o que, segundo ele, evitaria que as pessoas se refugiem nos dois lados da fronteira.
-0- PANA SIL/JSG/MAR/IZ 25fev2011
« O meu homólogo disse-me que, para a sua segurança), a Gâmbia instou o Irão, em 2005, a dotar as suas forças de segurança interna de meios que lhes permitam garantir a sua missão. É assim que, mais tarde, foram entregues armas à Gâmbia », explicou Niang.
O Irão confirmou igualmente ter entregue armas à Gâmbia, segundo o chefe da diplomacia senegalesa, que precisou que este problema não será resolvido por si só, nem pelo primeiro-ministro, mas pelo Presidente Abdoulaye Wade.
O Senegal rompeu, desde terça-feira, as suas relações diplomáticas com o Irão, após ter constatado que os rebeldes que reclamam pela independência da Casamança, a sua região sul do Senegal, utilizavam armas iranianas que causaram a morte de vários soldados senegaleses durante estes últimos dias.
Em novembro passado, carregmentos de armas provenientes do Irão e alegadamente destinadas os rebeldes senegaleses do Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC), via Gâmbia, foram apreendidas na Nigéria.
Por seu turno, a Gâmbia rompeu as suas relações diplomáticas com o Irão, imediatamente após da descoberta dessas armas.
Durante a cerimónia de encerramento da reunião da Comissão Consultiva, o primeiro-ministro senegalês, Souleymane Nd’ené Ndiaye, anunciou a criação, pelo Senegal e pela Gâmbia, dum Secretariado permanente destinado a reforçar a cooperação entre os dois países.
Na presença da Vice-Presidente da Gâmbia, Issatu Njie Saidy, Ndiaye indicou que a criação desse Secretariado que será instalado até Abril próximo reflete "a vontade dos chefes de Estado dos dois países de dar um novo impulso às relações privilegiadas mantidas pelo Senegal e pela Gâmbia ».
Ele indicou ainda que manobras militares conjuntas e patrulhas mistas das forças de segurança serão organizadas pelo Senegal e pela Gâmbia na sua fronteira comum, para garantir a estabilidade dos dois países.
« Estas iniciativas virão acrescentar-se às ações comuns que os dois países encaram levar a cabo para combater a criminalidade transfronteirça, o tráfico de droga e o branqueamento de dinheiro », acrescentou o chefe do Governo senegalês, que convidou as administrações aduaneiras a acelerar o procedimento de instalação de postos de controlo justapostos na fronteira entre os dois países.
Segundo a Vice-Presidente da Gâmbia, « seria bom recordar sempre que o Senegal e a Gâmbia têm uma história comum, formam uma mesma família e têm a mesma cultura ».
Apoiando estas declarações, Madické Niang indicou que os dois países decidiram tudo fazer para que deixem de ter problemas em ambas as partes, o que, segundo ele, evitaria que as pessoas se refugiem nos dois lados da fronteira.
-0- PANA SIL/JSG/MAR/IZ 25fev2011