PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
França denota confusão na gestão de dossiês africanos
Paris, França (PANA) - A identificação do Ministério francês responsável pelos dossiês africanos revela-se muito menos evidente do que no passado desde a eleição do Presidente François Hollande em maio passado.
Titular do Ministério do Desenvolvimento, nova denominação do antigo Ministério da Cooperação, Pascal Canfin, de 37 anos, antigo jornalista económico e ex-deputado europeu, parece totalmente ausente dos grandes dossiês franco-africanos.
Os responsáveis políticos africanos preferem contactar diretamente Laurent Fabius, o "patrão" do Ministério dos Negócios Estrangeiros do qual depende o vice ministro encarregado do Desenvolvimento.
De passagem na capital francesa, os opositores africanos preferem, quanto a eles, exprimir as suas queixas e reclamações a Helene Le Gal, conselheira para África do Presidente Hollande, ou a Sophia Moal-Makamé, conselheira para África de Laurent Fabius.
Enquanto os seus antecessores percorriam a África do Leste a Oeste, do Nrte ao Sul, Pascal Canfin parece ter visivilmente deixado esta tarefa a Yamina Benguigui, a sua colega encarregada da Francofonia, para se concentrar na sua aproximação com as ONG de luta contra os fluxos ilegais de capitais do Sul para o Norte, dois dossiês quentes nos quais ele é considerado imbatível.
A vice-ministra francesa para a Francofonia representou o seu país a 9 de agosto último em Accra, nas exéquias do Presidnete ganense, John Atta Mills, e a 2 de setembro no funeral nacional do primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, dois países não francófonos onde se esperava o ministro do Desenvolvimento, Pascal Canfin.
Alguns dias mais tarde, ela efetuou uma visita de trabalho à Argélia, país não membro da Francofonia, por, não apenas prepara a próxima visita oficial de François Hollande a Argel, mas igualmente testar os Argelinos sobre a sua posição na crise no norte do Mali.
"África não é um domínio de Pascal Canfin. Ele quer, sobretudo, não misturar-se da Françáfrica, ele que é um ministro saído da fileira do partido ecologista. Ele prefere o dossiê das ONG, dos financiamentos inovadores que são menos arriscados politicamente do que a crise maliana por exemplo", explicou à PANA Thierry Vincent, analista das relações franco-africanas.
A última vez que Pascal Canfin visitou África ele acompanhava, de 26 a 28 de julho passado, Laurent Fabius na sua mini-digressão pelos países do Sahel (Níger, Burkina Faso, Senegal e Tchad).
A dificuldade de determinar a estrutura governamental de primeira linha nos dossiês africanos traduz, realmente, o erro das novas autoridades francesas nas suas relações com este continente.
A equipa do Presidente Hollande continua em busca da boa direção entre a não ingerência nos assuntos dos países africanos e a não indiferença aos problemas do continente, onde domina o défice de governação democrática que não faltou de salpicar, nos seus tempos, os regimes franceses sediciosos e insidiosos.
-0- PANA SEI/SSB/MAR/TON 23set2012
Titular do Ministério do Desenvolvimento, nova denominação do antigo Ministério da Cooperação, Pascal Canfin, de 37 anos, antigo jornalista económico e ex-deputado europeu, parece totalmente ausente dos grandes dossiês franco-africanos.
Os responsáveis políticos africanos preferem contactar diretamente Laurent Fabius, o "patrão" do Ministério dos Negócios Estrangeiros do qual depende o vice ministro encarregado do Desenvolvimento.
De passagem na capital francesa, os opositores africanos preferem, quanto a eles, exprimir as suas queixas e reclamações a Helene Le Gal, conselheira para África do Presidente Hollande, ou a Sophia Moal-Makamé, conselheira para África de Laurent Fabius.
Enquanto os seus antecessores percorriam a África do Leste a Oeste, do Nrte ao Sul, Pascal Canfin parece ter visivilmente deixado esta tarefa a Yamina Benguigui, a sua colega encarregada da Francofonia, para se concentrar na sua aproximação com as ONG de luta contra os fluxos ilegais de capitais do Sul para o Norte, dois dossiês quentes nos quais ele é considerado imbatível.
A vice-ministra francesa para a Francofonia representou o seu país a 9 de agosto último em Accra, nas exéquias do Presidnete ganense, John Atta Mills, e a 2 de setembro no funeral nacional do primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, dois países não francófonos onde se esperava o ministro do Desenvolvimento, Pascal Canfin.
Alguns dias mais tarde, ela efetuou uma visita de trabalho à Argélia, país não membro da Francofonia, por, não apenas prepara a próxima visita oficial de François Hollande a Argel, mas igualmente testar os Argelinos sobre a sua posição na crise no norte do Mali.
"África não é um domínio de Pascal Canfin. Ele quer, sobretudo, não misturar-se da Françáfrica, ele que é um ministro saído da fileira do partido ecologista. Ele prefere o dossiê das ONG, dos financiamentos inovadores que são menos arriscados politicamente do que a crise maliana por exemplo", explicou à PANA Thierry Vincent, analista das relações franco-africanas.
A última vez que Pascal Canfin visitou África ele acompanhava, de 26 a 28 de julho passado, Laurent Fabius na sua mini-digressão pelos países do Sahel (Níger, Burkina Faso, Senegal e Tchad).
A dificuldade de determinar a estrutura governamental de primeira linha nos dossiês africanos traduz, realmente, o erro das novas autoridades francesas nas suas relações com este continente.
A equipa do Presidente Hollande continua em busca da boa direção entre a não ingerência nos assuntos dos países africanos e a não indiferença aos problemas do continente, onde domina o défice de governação democrática que não faltou de salpicar, nos seus tempos, os regimes franceses sediciosos e insidiosos.
-0- PANA SEI/SSB/MAR/TON 23set2012