Agência Panafricana de Notícias

FMI e RDC assinam novo programa de cooperação

Kinshasa- RD Congo (PANA) -- O Governo congolês e o Fundo Monetário Internacional concluíram quarta-feira em Kinshasa, na República Democrática do Congo (RDC), um acordo sobre o novo programa de acompanhamento do relançamento económico e financeiro da RDC e uma revisão dos contratos chineses.
O acordo que inclui as políticas económicas e financeiras da RDC em 2009 e 2010 e emendas sobre o contrato chinês, foi concluído no termo duma missão de nove dias do FMI (de 10 a 18 de Agosto) neste país.
Estas precisões foram dadas em conferência de imprensa conjunta quarta-feira, em Kinshasa, pelo chefe da delegação do FMI, Brian Ames, e pelo governador do Banco Central do Congo (BCC), Jean-Claude Masangu.
"Estou muito satisfeito com a conclusão dos trabalhos entre o FMI e a equipa económica da RDC.
Este acordo não era fácil a obter, mas a questão chinesa que levantava problemas foi ultrapassada", sublinhou o governador do BCC.
Até 15 de Setembro, o Governo congolês realizará uma reunião com os membros do Clube de Paris que estão a examinar o dossiê do Congo para que eles possam dar garantias sobre o financiamento do défice orçamental, acrescentou Jean-Claude Masangu.
Ele afirmou, sobre o plano de gestão das finanças públicas, que todos os membros do Governo deverão respeitar o plano de tesouraria semanal instalado.
A missão do FMI entendeu-se igualmente com as autoridades congolesas sobre os principais agregados do projecto de orçamento de 2010 e sobre todas as políticas conformes aos objectivos do Governo, que consistem em atingir uma taxa de crescimento de 5,5 por cento, uma inflação de 15 por cento em finais deste ano e uma acumulação das reservas internacionais a 11 semanas de importação.
O Conselho de Administração do FMI deverá reunir-se a 24 de Setembro próximo para aprovar este novo programa formal com a RDC.
Depois, este programa deverá ser objecto duma avaliação do FMI seis meses após a sua entrada em vigor que permitirá saber se a RDC atingiu o ponto de conclusão da iniciativa dos Países Pobres Altamente Endividados (PPTE).
No termo do processo, a dívida da RDC deverá ser aliviada em 10 biliões de dólares americanos.