PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ex-Presidente cabo-verdiano advoga luta contra narcotráfico na África Ocidental
Praia, Cabo Verde (PANA) - O antigo Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, alertou para o perigo de a problemática do narcotráfico "ser esquecida ou secundarizada" na África Ocidental, onde existe cerca de 1,5 milhão de toxicodependentes, soube a PANA na cidade da Praia de fonte oficial.
O envolvimento da sub-região no conflito no Mali é apontado por Pedro Pires como uma das razões para um eventual "esquecimento" ou "secundarização" do combate ao narcotráfico e às suas consequências na África Ocidental.
"Deu-se e está a dar-se prioridade à solução do conflito no Mali e o risco é esquecer o resto", frisou o ex-chefe de Estado (2001-2011).
O ex-Presidente cabo-verdiano falava aos jornalistas após um encontro com o seu sucessor, Jorge Carlos Fonseca, a quem deu a conhecer o papel que a Comissão Sobre o Impacto do Tráfico de Droga sobre a Governação, Segurança e Desenvolvimento na África Ocidental pretende desempenhar com vista a incentivar e alertar para os riscos que o
narcotráfico representa na sub-região.
Pedro Pires foi eleito, no início deste mês, em Accra (Gana), vice-presidente desta comissão independente, criada por iniciativa da Fundação Kofi Annan para estudar a problemática e que é liderada pelo ex-Presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo.
Falando dos riscos que o narcotráfico representa para a sub-região oeste-africana, Pedro Pires sublinhou que, além do comércio, do tráfico, há também o problema do consumo.
“Hoje (na África Ocidental), há cerca de 1,5 milhão de consumidores, de toxicodependentes, o que é razão de preocupação", alertou.
Referindo-se ao risco da secundarização ou do esquecimento do combate ao narcotráfico, o ex-Presidente cabo-verdiano precisou que se ele existe esta questão não pode ser secundarizada, uma vez que ela se “torna mais complicada quando os traficantes estão mais ou menos à vontade”, isso faz com que haja “riscos de expansão e de contágio".
Pedro Pires, antigo primeiro-ministro nos primeiros 15 anos da independência de Cabo Verde (1975-1991), lembrou também que a situação no Mali está deixar para trás o conflito político-militar na Guiné-Bissau.
Segundo Pedro Pires, este primeiro encontro de caráter oficial entre os dois estadistas desde que Jorge Carlos Fonseca chegou à presidência cabo-verdiana, na sequência das presidenciais de julho e agosto de 2011, teve por objetivo "concertar" posições na política externa cabo-verdiana nesta matéria.
-0- PANA CS/TON 21fev2013
O envolvimento da sub-região no conflito no Mali é apontado por Pedro Pires como uma das razões para um eventual "esquecimento" ou "secundarização" do combate ao narcotráfico e às suas consequências na África Ocidental.
"Deu-se e está a dar-se prioridade à solução do conflito no Mali e o risco é esquecer o resto", frisou o ex-chefe de Estado (2001-2011).
O ex-Presidente cabo-verdiano falava aos jornalistas após um encontro com o seu sucessor, Jorge Carlos Fonseca, a quem deu a conhecer o papel que a Comissão Sobre o Impacto do Tráfico de Droga sobre a Governação, Segurança e Desenvolvimento na África Ocidental pretende desempenhar com vista a incentivar e alertar para os riscos que o
narcotráfico representa na sub-região.
Pedro Pires foi eleito, no início deste mês, em Accra (Gana), vice-presidente desta comissão independente, criada por iniciativa da Fundação Kofi Annan para estudar a problemática e que é liderada pelo ex-Presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo.
Falando dos riscos que o narcotráfico representa para a sub-região oeste-africana, Pedro Pires sublinhou que, além do comércio, do tráfico, há também o problema do consumo.
“Hoje (na África Ocidental), há cerca de 1,5 milhão de consumidores, de toxicodependentes, o que é razão de preocupação", alertou.
Referindo-se ao risco da secundarização ou do esquecimento do combate ao narcotráfico, o ex-Presidente cabo-verdiano precisou que se ele existe esta questão não pode ser secundarizada, uma vez que ela se “torna mais complicada quando os traficantes estão mais ou menos à vontade”, isso faz com que haja “riscos de expansão e de contágio".
Pedro Pires, antigo primeiro-ministro nos primeiros 15 anos da independência de Cabo Verde (1975-1991), lembrou também que a situação no Mali está deixar para trás o conflito político-militar na Guiné-Bissau.
Segundo Pedro Pires, este primeiro encontro de caráter oficial entre os dois estadistas desde que Jorge Carlos Fonseca chegou à presidência cabo-verdiana, na sequência das presidenciais de julho e agosto de 2011, teve por objetivo "concertar" posições na política externa cabo-verdiana nesta matéria.
-0- PANA CS/TON 21fev2013