Agência Panafricana de Notícias

Custo do transporte obstrui negócios na África Oriental

Nairobi- Quénia (PANA) -- Vários desafios incluindo o dos custos elevados do transporte e do estado deteriorado da rede rodoviária agravam o custo de produção e dos bens no seio da Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC), estimou a presidente do Conselho de Ministros deste agrupamento sub-regional, Monique Mukaruliza.
Segundo ela, tais desafios, que foram agravados pelos atrasos registados no desalfandegamento de cargueiros nos diferentes pontos de entrada da região, obstruem a integração e o desenvolvimento desta zona.
"O trânsito lento, oneroso e pouco fiável na nossa região impede a integração e o desenvolvimento económico da África Oriental", deplorou Mukarulika, num discurso pronunciado terça-feira na abertura, em Nairobi, duma conferência sobre o reforço da eficácia dos corredores de trânsito na África Oriental.
Mukaruliza, que é cumulativamente ministra da EAC para o Ruanda, preconizou o desenvolvimento dum sistema de trânsito moderno, rápido, barato, mas eficaz, para enfrentar os desafios ligados ao transporte.
Por sua vez, o ministro queniano encarregue da EAC, Amason Kingi, revelou a conclusão de um novo plano-quadro sobre o transporte ferroviário na África Oriental.
Segundo ele, as pesadas cargas provenientes do porto de Mombasa são transportados por via terrestre, o que reduz a duração de vida das estradas e complica a situação dos países da região nos seus esforços para atingir o desenvolvimento económico.
Ele afirmou que o Quénia estava a trabalhar no melhoramento do ambiente a fim de favorcer o desenvolvimento dum sistema de transporte seguro, eficaz e acessível no país.
"O comércio de trânsito representa um benefício económico maior para o Quénia", afirmou o governante queniano.
A conferência é financiada pelo Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID) e pela Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID).