PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Campanha de "Inclusão do amputado" lançada em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Uma campanha de "Inclusão do Amputado" acaba de ser lançada em Cabo Verdesob a égide da Associação Cabo-verdiana dos Deficientes (ACD), apurou a PANA no fim de semana na cidade da Praia de fonte segura.
Lançado sexta-feira última, o evento tem como objetivo fazer com que as pessoas com problemas de amputação no país tenham uma vida mais condigna e não vejam aumentar o sofrimento por falta de dinheiro para pagar uma prótese, de acordo com a fonte.
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), o presidente da ACD, David Cardoso, explicou que se trata de uma campanha nacional de apadrinhamento de pessoas amputadas no país para que elas possam, ainda, “desfrutar de muitas coisas boas da vida”.
Tudo isso, segundo ele, porque muitas pessoas com esse tipo de problema “têm a ideia de que a amputação é o fim da vida”.
Baseando-se na sua própria experiência, David Cardoso disse sentir na pele o que as pessoas amputadas passaram devido a uma amputação e que muitas delas não possuem condições para pagar uma reabilitação nem tão pouco uma prótese.
“Daí que muitos pensem que a amputação é o fim de uma vida por condicionar ou comprometer a sua vida profissional”, sublinhou.
Recordou que a ACD, determinada a minimizar esta situação, tem ao seu serviço o Centro Nacional de Ortopedia e Reabilitação Funcional (CENORF), que fabrica próteses e promove a reabilitação física e a reeducação funcional destes seres humanos que perderam um membro funcional do seu corpo.
Segundo o presidente da ACD a ideia surgiu depois de constatadas as dificuldades por que passam muitas pessoas amputadas para terem uma prótese.
David Cardoso adiantou que, anualmente, o CENORF atende cerca de 14 pacientes amputados de membros inferiores e que não podem pagar para terem uma prótese que custa em média 140 mil escudos (cerca de mil e 272 euros), enquanto a reparação da mesma custa cerca de 40 mil escudos (cerca de 363,6 euros).
Acrescentou que o CENORF dispõe de dados não oficiais segundo os quais há cerca de 57 amputados em todo o país, considerando no entanto necessária a colaboração do Ministério da Saúde para fazer um inquérito a nível do país e, deste modo, referenciar os pacientes em causa.
David Cardoso destaca também a necessidade para instituições como o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que apenas comparticipam com uma parte do custo das próteses, ou seja 15 mil escudos (cerca de 136 euros), de o fazerem numa maior proporção.
Na sua opinião, se assim for, isto vai ajudar no funcionamento do CENORF que tem vindo a contribuir para a diminuição de evacuações de doentes para o exterior com o fito de adquirirem próteses, visto que o centro as fabrica e presta serviço de reabilitação no país.
Sob o lema “Dê. Sempre que dá, recebe o dobro”, a operação vai culminar na realização do apadrinhamento do amputado, na criação de um fundo para a inclusão deste último em Cabo Verde bem como na realização de um recenseamento a nível nacional, concluiu.
-0- PANA CS/DD 31mar2014
Lançado sexta-feira última, o evento tem como objetivo fazer com que as pessoas com problemas de amputação no país tenham uma vida mais condigna e não vejam aumentar o sofrimento por falta de dinheiro para pagar uma prótese, de acordo com a fonte.
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), o presidente da ACD, David Cardoso, explicou que se trata de uma campanha nacional de apadrinhamento de pessoas amputadas no país para que elas possam, ainda, “desfrutar de muitas coisas boas da vida”.
Tudo isso, segundo ele, porque muitas pessoas com esse tipo de problema “têm a ideia de que a amputação é o fim da vida”.
Baseando-se na sua própria experiência, David Cardoso disse sentir na pele o que as pessoas amputadas passaram devido a uma amputação e que muitas delas não possuem condições para pagar uma reabilitação nem tão pouco uma prótese.
“Daí que muitos pensem que a amputação é o fim de uma vida por condicionar ou comprometer a sua vida profissional”, sublinhou.
Recordou que a ACD, determinada a minimizar esta situação, tem ao seu serviço o Centro Nacional de Ortopedia e Reabilitação Funcional (CENORF), que fabrica próteses e promove a reabilitação física e a reeducação funcional destes seres humanos que perderam um membro funcional do seu corpo.
Segundo o presidente da ACD a ideia surgiu depois de constatadas as dificuldades por que passam muitas pessoas amputadas para terem uma prótese.
David Cardoso adiantou que, anualmente, o CENORF atende cerca de 14 pacientes amputados de membros inferiores e que não podem pagar para terem uma prótese que custa em média 140 mil escudos (cerca de mil e 272 euros), enquanto a reparação da mesma custa cerca de 40 mil escudos (cerca de 363,6 euros).
Acrescentou que o CENORF dispõe de dados não oficiais segundo os quais há cerca de 57 amputados em todo o país, considerando no entanto necessária a colaboração do Ministério da Saúde para fazer um inquérito a nível do país e, deste modo, referenciar os pacientes em causa.
David Cardoso destaca também a necessidade para instituições como o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que apenas comparticipam com uma parte do custo das próteses, ou seja 15 mil escudos (cerca de 136 euros), de o fazerem numa maior proporção.
Na sua opinião, se assim for, isto vai ajudar no funcionamento do CENORF que tem vindo a contribuir para a diminuição de evacuações de doentes para o exterior com o fito de adquirirem próteses, visto que o centro as fabrica e presta serviço de reabilitação no país.
Sob o lema “Dê. Sempre que dá, recebe o dobro”, a operação vai culminar na realização do apadrinhamento do amputado, na criação de um fundo para a inclusão deste último em Cabo Verde bem como na realização de um recenseamento a nível nacional, concluiu.
-0- PANA CS/DD 31mar2014