Agência Panafricana de Notícias

Burundi prevê exploração do níquel para 2017

Bujumbura, Burundi (PANA) – Estudos de viabilidade estão bastante avançados no Burundi para a exploração dos jazigos ainda latentes de níquel, a partir de 2017, declarou o ministro burundês da Energia e Minas, Moise Bucumi.

A decoberta dos primeiros jazigos de níquel no Burundi remonta aos anos 1970 e a sua exploração arrasta-se até então, na sequência da indecisão dos poderes públicos aliada a restrições técnicas e materiais.

O governante burundês afirmou que, desta vez, as condições parecem reunidas para passar finalmente à exploração da primeira maior reserva de níquel localizada em Musongati, no sul do país.

À reserva são atribuídas quantidades estimadas em cerca de 180 milhões de toneladas de níquel, amplamente procurado pela indústria metalúrgica e na qual o Burundi deposita grandes esperanças da sua descolagem socioeconómica.

As quantidades dos outros jazigos de níquel, como os de Nyabikere e de Muremera, a leste do país, não são ainda conhecidas.

Este anúncio surge após a rutura do contrato de extração de níquel entre o Estado do Burundi e a Sociedade «Andover Ressources», uma filial do grupo australo-canadiano "Argosy".

Datado de 1999, esse contrato foi rescindido a 14 de junho de 2007 pelo Governo do Burundi por “incumprimento dos prazos de execução".

Desde então, a empresa sul-africana "Samancor" tomou o lugar da Andover para tentar a sua sorte no inexpugnável mercado do níquel do Burundi.

Bucumi disse que os Sul-Africanos têm de produzir a sua própria eletricidade a fim de extrair o minério.

-0- PANA FB/AAS/SOC/CCF/IZ 04abril2011